É múltipla a herança deixada por Maurício Sirotsky Sobrinho.Como empresário, fundou o Grupo RBS, um dos maiores do país no setor de comunicação em plataforma multimídia. Radialista, animou um programa de auditório líder de audiência em sua época, lançou artistas ao estrelato e disseminou jornais, emissoras de rádio e TV pelo Rio Grande do Sul e por Santa Catarina. Preocupado com as questões sociais, estimulou projetos principalmente em favor das crianças e dos adolescentes.
Maurício era um comunicador nato. Ganhou popularidade ainda na escola ao imitar os locutores da Rádio Nacional nos recreios no Instituto Gimnasial (hoje Instituto Educacional) com uma lata de pescado presa a um cabo de vassoura. Aos 17 anos, com o dinheiro que ganhava trabalhando como locutor de um sistema de rádio-poste no centro de Passo Fundo, saiu de casa contrariando o pai e passou em um teste na Rádio Gaúcha, em Porto Alegre.
Maurício ainda voltaria a Passo Fundo a pedido da família, onde foi gerente de uma das primeiras integrantes das Emissoras Reunidas, mas, em 1950, fixa-se de vez em Porto Alegre. Em 1957, à frente do programa de auditório Maurício Sobrinho, da Rádio Farroupilha, compra em sociedade a Rádio Gaúcha, o embrião do Grupo RBS.
Já consolidado como um dos grandes líderes da comunicação do Brasil, Maurício cria em 1982 a Fundação RBS, que viabilizou projetos de interesse comunitário. Um ano depois de sua morte, em 1986, a Fundação ganhou o seu nome, uma homenagem à sua dedicação as causas sociais.